quarta-feira, 17 de março de 2010


SILÊNCIO !...No fadário que é meu, neste penar,Noite alta, noite escura, noite morta,Sou o vento que geme e quer entrar,Sou o vento que vai bater-te á porta...Vivo longe de ti, mas que importa ?Se eu já não vivo em mim ! Ando a vaguearEm roda á tua casa, a procurarBeber-te a voz, apaixonada, absorta !Estou junto de ti e não me vês...Quantas vezes no livro que tu lêsMeu olhar se pousou e se perdeu !Trago-te como um filho nos meus braços !E na tua casa...Escuta !...Uns leves passos...Silêncio, meu Amor !...Abre ! Sou eu !...

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